Em junho de 2011, o Boletim da Intra publicou a seguinte matéria: 

"Com as baixas temperaturas registradas pelos termômetros nos últimos dias, um dos programas mais procurados pelos turistas é subir a serra catarinense. E, com certeza, um dos caminhos mais utilizados para tanto é a rodovia SC 438, mais conhecida como a Serra do Rio do Rastro. Subidas íngremes, curvas fechadas e muita mata atlântica são alguns dos ingredientes cênicos dessa estrada, que se tornou, com merecimento, um dos mais belos cartões-postais de Santa Catarina.

E é justamente nesse cenário de beleza exuberante que o Ministério Público Federal busca a criação do Parque Estadual da Serra do Rio do Rastro. A ideia é do procurador da República em Lages, Nazareno Jorgealém Wolff, que desenvolveu todo o projeto para transformar a respectiva estrada em unidade de conservação. Segundo ele, a intenção é aliar os aspectos de preservação e conservação da biodiversidade (flora, fauna, águas, etc) com o desenvolvimento racional e sustentável do turismo na região.

“É importante que as pessoas saibam que o parque estadual será diferente do Parque Nacional de São Joaquim, onde não é possível desenvolver nenhuma atividade. No parque estadual, por meio do projeto de lei, será possível explorar o turismo, desde que essa exploração não prejudique o ambiente natural”, explicou o procurador Nazareno.

O parque estadual abrangeria os territórios dos municípios de Bom Jardim da Serra, Lauro Müller e Orleans. O dinheiro para financiar a construção viria da compensação e mitigação ambiental devidas pela empresa IMPSA, em decorrência da construção de quatro parques eólicos, que serão implantados no município de Bom Jardim da Serra. Pelas estimativas, os valores - arbitrados em 1% do total do empreendimento - podem chegar a quase R$ 6 milhões. Conforme o procurador Nazareno, o MPF exigiu que essa importância fosse toda canalizada na própria localidade.

Em meados de abril, o MPF organizou uma reunião, em Bom Jardim da Serra, para discutir a questão. Na oportunidade, a Fatma acatou a sugestão do MPF.

O próximo passo para a concretização do parque será o encaminhamento, por parte do Governo do Estado, à Assembleia Legislativa, do projeto de lei ordinária para a criação da unidade de conservação. Depois que a Fatma conceder a licença ambiental de operação ao empreendimento da IMPSA, a empresa fará o aporte dos recursos provenientes da compensação ambiental, a serem investidos no parque."